No alicerce da estruturação do pensamento humano, está, entre outras coisas, a base familiar.
Não seria diferente, com um dos maiores pensadores do último milênio. Amélia Bayer, a esposa do Velho Mauro Bayer, sempre foi uma das maiores inspirações do pensador, durante sua trajetória de filosofias, poesias e pensamentos. Em prova disso, me recordo de ter ouvido certa vez, uma história entre os dois:
Conta à história, que numa manhã de verão, Amélia tricotava em sua cadeira de balanço enquanto o pensador transcrevia seus pensamentos em uma máquina de escrever, quando sua amada lhe faz uma indagação:
_ Velhinho, qual a sua opinião sobre a declaração de Isaac Newton, que afirmou: “O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano”.
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O filósofo, com um ar de satisfação, respondeu:
_ Bolotinha – esse era o apelido carinhoso pelo qual o poeta se dirigia a sua esposa – quando ele fala de gota, quer dizer que o nosso conhecimento, não é suficiente para saciar a nossa sede. Porém , quando o nosso saber se iguala a um oceano, corremos o risco de afogamento.
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Mauro Bayer, após a explanação, voltou a datilografar seu texto, indiferente ao que acabara de acontecer. Porém, Amélia estava estática com o que acabara de ouvir, e ainda levaria alguns minutos para conseguir voltar a tricotar.
Foi a melhor lapidada que vi em uma frase tão marcante. Salve o sábio Bayer..ele realmente é bom!
ResponderExcluirMariza Orthz